Educação Inclusiva


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A educação inclusiva significa garantir a todos os estudantes, sem exceção, a igualdade de oportunidades educativas, para que possam usufruir de serviços educativos de qualidade, com outros apoios complementares e que possam beneficiar-se a todos igualmente.
O pressuposto da inclusão é que a escola ofereça oportunidades de aprendizagem a todos, indistintamente, respeitando a diversidade presente no contexto escolar.
Portanto, há muitos entraves e dificuldades na inclusão dos estudantes surdos no ensino fundamental, e muitos professores e profissionais não se sentem seguros ao ministrar aulas para os estudantes surdos, muitas vezes por falta de uma boa formação durante sua graduação ou até mesmo uma formação continuada falta de interesse no assunto.
Diante desse desafio que é a Educação Inclusiva no Brasil, vemos que ainda existe muito para ser melhorado. Se tratando da Educação de crianças surdas, nota-se que há uma preocupação maior com sua aprendizagem e dos recursos que ainda estão inadequados a essa comunidade surda, não apenas na escola mais na sociedade em geral, recursos que o auxiliem no seu processo de comunicação com o outro, seja ele ouvinte ou não.

A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade escolar, que se mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não necessariamente satisfatória para aqueles que, tendo necessidades especiais, necessitam de uma série de condições que, na maioria dos casos, não têm sido propiciadas pela escola. (LACERDA, 2006, p. 166)

Assim como diz Lacerda (2006) a escola ainda não dispõe de recursos suficientes que atendam a essa comunidade que tanto necessitam de atenção e respeito, pois embora se propunham em respeitar o contato com as diferenças ainda deixam muito a desejar.
As pessoas surdas tem sofrido muito tempo, desde a antiguidade do seu contexto histórico, partindo do seu reconhecimento como ser humano, até a sua aceitação na sociedade e do seu direito de ensinar e de aprender como qualquer ouvinte.
Hoje vemos que muito se têm feito para melhorar esse meio interacional e social dos surdos com os ouvintes, mas ainda existe uma questão muito importante que necessita de uma atenção maior, isto é, o ensino do estudante surdo.
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Sabe-se que o estudante surdo aprende por vias não auditivas, ou seja, aprende por uma linguagem gestual ou como denominamos de língua de sinais ou simbológica, na qual há um sinal que nomeia objetos, as coisas em geral e até mesmo o sinal que eles escolhem para identificá-los e também os ouvintes que interagem com eles.
É importante salientar que as escolas devem ter um conjunto de normas assumidas de maneira que os esforços nas mudanças curriculares, no ensino, na gestão da classe contribuem para o objetivo de melhorar a aprendizagem dos alunos.
Na realidade brasileira, são poucas as pessoas com formação específica para atuarem como intérpretes da LIBRAS. Tem crescido o número de cursos oferecidos, todavia eles se concentram nos grandes centros, atingindo um número restrito de pessoas.

Discussões constantes sobre a tarefa de cada um no espaço inclusivo, atribuições e trocas de percepções se mostram essenciais e são um primeiro passo para uma convivência tranqüila e que possa trazer ganhos efetivos ao aluno surdo. Seus depoimentos relevam ainda que tanto a escola quanto os professores conhecem muito pouco sobre a surdez e suas peculiaridades, não compreendendo adequadamente o aluno surdo, sua realidade e suas dificuldades de linguagem etc. (LACERDA, 2006, p. 175)
  
É necessário que a formação transite para uma abordagem mais transdisciplinar, que facilite a capacidade de refletir sobre o que uma pessoa faz, pois, isso permite fazer surgir o que se acredita e se pensa, que dote o professor de instrumentos ideológicos e intelectuais para compreender e interpretar a complexidade na qual vive e que o envolve.
Resultado de imagem para educação inclusiva surdosA sociedade inclusiva deve ser constituída levando-se em consideração a infinidade de diferenças que as pessoas possuem umas em relação às outras, as quais se relacionam a capacidades diferenciadas e, algumas vezes, apresentam-se como limitações acentuadas, que podem comprometer o desempenho de algumas pessoas em algumas áreas.
Assim, muitas dessas diferenças requerem formas de trabalho diferenciadas para que as oportunidades sejam iguais para as mais diversas pessoas, não havendo diferenças entre elas.
 A prática da inclusão se baseia em princípios diferentes do que é tradicionalmente consagrado nas sociedades contemporâneas competitivas: aceitação das diferenças individuais, valorização de cada pessoa e aprendizagem por meio de cooperação.
É importante que a inclusão de alunos surdos em sala de aula, seja tratada com respeito, atendendo as necessidades de cada estudante seja no espaço físico ou recursos materiais disponíveis, que essa educação seja de qualidade respeitando seus direitos e deveres diante da sociedade.
  
Referência bibliográfica:
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A Inclusão Escolar de Alunos Surdos: o que dizem Alunos, Professores e Intérpretes sobre esta Experiência. Cad. Cedes, Campinas, vol. 26, n. 69, p. 163-184, maio/ago. 2006.

Disponível em <http:// http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v26n69/a04v2669> (Acesso em 24/01/2018)

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