DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005

Durante muito tempo, a língua de sinais utilizada pelos surdos foi considerada gesticulação ou mímica e possuía um vocabulário limitado. No campo da linguística, o método oralista de ensino, cujo objetivo era levar o surdo a falar, era aceito pela maioria dos acadêmicos. No entanto, a maioria da comunidade surda não atingia o desenvolvimento esperado. Com o declínio do oralismo, ascendeu o método da comunicação total, possibilitando que os sinais fossem admitidos como auxiliares para a aquisição da língua falada e escrita. Nas últimas décadas, o bilinguismo foi reconhecido no meio acadêmico como o método mais eficaz para o desenvolvimento cognitivo e para a inclusão do surdo no mundo dos ouvintes. A Língua de Sinais foi reconhecida como real instrumento de comunicação e expressão da comunidade surda. Ela propicia à pessoa surda todas as condições para sua interação com o mundo, com o outro e consigo mesma, pois é completa e permite transmitir sentimentos, ideias e qualquer ...